sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Bateria Puma e seu compartimento - Motor boxer

A localização da bateria em Puma como motor boxer a ar tem diferente localização dependendo o ano. O Puma nasceu com a bateria no porta-malas, embaixo do estepe, conforme raio-X abaixo. Isso se deve ao fator distribuição de pesos, muito importante para estabilidade do veículo. A frente inicial era uma cópia da parte interna de um Fusca, com o degrau para acomodação do tanque de óleo de freio e abertura para acesso a caixa de direção.
O capô dianteiro abria como o do KG, da frente para traseira, utilizando também seus componentes de travamento.
Um detalhe interessante é o compartimento do estepe, que no GT (1968 até 1970), bem como no GTE de 1970 a 1972 (com capô abrindo ao contrário), tinha suas laterais fechadas, sendo que os acessos aos faróis eram somente por baixo dos pára-lamas. De meados para o final de 1972, ainda com a carroceria antiga, a Puma abriu esse compartimento, chegando até a extremidade do pára-lama, sendo que agora os acessos aos faróis são pelo porta-malas. Portanto existem carros 1972 com esses dois tipos de porta-malas.
Abaixo em um GT 1969, a bateria repousa em um local que não era utilizado, haja visto que o estepe ficava em posição inclinada, apoiado no degrau da frente, que no Fusca vai o reservatório do lavador de pára-brisa.
No GTE 1972, com qualquer tipo de frente, aberta ou fechada, a bateria continuava na frente. Interessante nessa história, é que a VW ao lançar o ainda sem nome SP2, na feira da Indústria Alemã na Bienal de São Paulo em 1971, da qual estive presente, mostrou vários detalhes que imitavam o Puma, como as maçanetas, quase idênticas a do Fissore, utilizada pelo Puma, as tomadas de ar, quase tubarão e a bateria no porta-malas, quase no lugar igual dos Puma. Só que se deram mal, as maçanetas mudou em 1973, o tubarão deles nem lembrava uma entrada de ar, quanto mais as guelras de uma fera e a bateria era muito próxima do tanque, fazendo muitos SP2 pegarem fogo. Já nos Puma, nunca vi ou ouvi falar de pegar fogo por causa da faísca da bateria perto do tanque e convenhamos, ela estava bem abaixo e protegida pelo estepe. O único problema que vejo nessa localização é a perda de carga pela distância, tendo que ser sanada com cabos mais grossos e caros, para alcançar o motor de arranque sem grandes perdas de energia.
Quando a Puma lançou a nova carroceria em 1973, tanto para GTE como GTS, a bateria deixou seu compartimento original e foi para a traseira, ao lado do motor. E foi assim até o final.
No P-018, a bateria continou no mesmo lugar dos modelos GTE/GTI, na traseira.

5 comentários:

Leo Gaúcho disse...

Próximo passo no Puma GT 1500,1969:tranferencia da bateria do compartimento traseiro para o compartimento dianteiro!Xiii, tô vendo que vai uma grana boa neste cabo, putz!!!pelo mesno uns 3 metros!!!

Luby disse...

Deste detalhe eu não lembrava mais não e digo mais, eu não estava entendendo o porque que tinham colocado a bateria na frente da minha 72 vermelha, bem agora ta explicado, a bateria esta no lugar original e ali mesmo vai ficar.
abs
Luby.

Rinaldi disse...

Felipe

Lendo a matéria mostra como a engenharia da Puma estava em constante evolução pois com a troca da bateria para a traseira temos:
- Papo mais leve, não tendo a bateria, a fibra poderia ser mais fina.
- Abertura das laterias, criando um "porta-malas" maior.
- Diminuição dos cabos de alimentação.
- Facilidade de manutenção (sem nescessidade de retirada do estepe)

abraços

Marco Rinaldi

Felipe Nicoliello disse...

Felipe Leal,

Sinceramente não sei o que fizeram no seu carro, pois a fiação para a bateria está mais próxima do lado direito, não tem sentido estar do outro lado, inverso ao dínamo. E para o reservatório tanto faz um lado como outro.

Unknown disse...

Gostaria de saber qual o caminho percorrido pelos cabos da bateria. Pensei que corressem por dentro do túnel central mas, pelas fotos, fica a impressão que entram pela cabine. Abraços.