Fora de área - Onça FNM

A FNM - Fábrica Nacional de Motores, mais conhecida por "fenemê", inicialmente indústria de motores de avião, 1942, logo começou a fabricar os caminhões baseados nos modelos Alfa italiano. Posteriormente, em 1960, junto com a nova Capital brasileira, lançou o FNM JK-2000. Uma época de euforia ditada por Juscelino Kubitschek, como dizia seu slogan "50 anos em cinco", a indústria nacional era incentivada a crescer. Os automóveis JK eram fabricados em Duque de Caxias-RJ, e a empresa Estatal, tinha seu controle sob o comando militar, através do seu presidente Major Silveira Martins. Em 1964 tentando alavancar as vendas de seus produtos, o Major encomendou ao carrozziere Rino Malzoni, criador do GT Malzoni, um modelo esporte cupê. Como naquele tempo o Mustang brilhava na mídia, um sucesso absoluto de vendas, Rino baseou seu desenho no modelo americano montado sobre chassi e mecânica do FNM 2000, encurtando em 22 cm sua distância entre eixos e criando uma carroceria esportiva do tipo 2+2 em fiberglass. Assim nasceu o FNM Onça, um belo desenho lembrando a frente das Alfinhas, mas com um toque singular do desenho cupê. Lançado no Salão do Automóvel de 1966, logo foi colocado a venda, custando tanto quanto um Willys Limosine Executiva, e quase o dobro do preço dos mais luxuosos do mercado, como o Esplanada 6 marchas, Willys Itamaraty e próprio FNM 2000. Em 1967, o Puma GT custava à metade do preço de um Onça. Além disso, sofria a concorrência estrangeira, com o próprio Mustang. Por isso sua produção foi baixa, fala-se de cinco a sete veículos, infelizmente não existe registro separado do modelo FNM 2000.