quarta-feira, 8 de julho de 2009

Reportagens (33) Puma GT 1968 - Fatos e Fotos

Há um mês tive a grata surpresa de receber pelo correio um presente e tanto! Era a Revista Fatos e Fotos de abril de 1968, enviada pelo meu amigo José Maria Morais, o JM de Brasília-DF. Essa revista tem muita importância para mim, muito mais que um dado histórico, mas foi através dela que me apaixonei pelo Puma. Minha mãe assinava a referida revista e quando dou de cara com o novo Puma, fiquei alucinado, mais do que já era, paixão a primeira vista! Outra dessa, só nove anos depois quando conheci minha esposa. Para um garoto de treze anos, apaixonado por carros e arte plástica, a obra retratada era maravilhosa, sem defeito algum. Quando leio, vejo que só falavam bem do novo Puma e sem ter a noção necessária de poder aquisitivo, exclamei taxativamente: "- Quando tirar carta vou comprar um Puma!". Falava quando tirar carta, porque sempre a esperança de um dia as autoridades liberarem o direito de dirigir a menores de 18 anos, como era nos Estados Unidos. Eu já tinha a mania de guardar tranqueiras velhas, mas era fortemente reprimido pela autoridade maior da casa, conhecida por mamãe. Ela também não gostava que recortassem as revistas, mesmo depois de lidas, porque sempre pensou nas pessoas que não podiam adquirir revistas novas e liam as velhas, doadas por pessoas de boas intenções. Então, sorrateiramente peguei a tesoura e recortei a foto da traseira desse Puma. Era pequena, ela nem perceberia. Colei na parede do meu quarto, junto ao poster do Lamborghini Miura, do lado de um outro de Hot Rod 1929 americano. Ficou Show! Mas o show mesmo foi depois, quando a autoridade descobriu a façanha... E que show! Ao certo mesmo é que o recorte me acompanha até hoje, mesmo de várias mudanças. Quando em 2004 fui buscar o recorte para ver, reparo na traseira desse Puma, as saídas de ar são verticais, diferente de tudo que foi visto. Minha preciosidade se tornou mais importante. Depois analisando friamente os fatos e fotos, chegamos conclusão, eu, Dario, JM e Leo, que se tratava de um présérie, portanto com detalhes não definitivos, tornando-se um modelo único, que provavelmente depois foi modificado para o modelo definitivo.

10 comentários:

Patrick Lopes disse...

E aqui está a resposta à minha pergunta do tópico em que foi postada a foto da traseira desse carro.
O carro é lindo, de verdade. Mas essas rodas não me agradam.
De qualquer forma, não tiram a beleza do exemplar.
Me deixa triste pensar que esse carro não deve "existir" mais.

Abraço

Luby disse...

Gostei, fiquei satisfeito em saber do detalhe do presente.
abs

Mario Estivalet disse...

Felipe, teu post me fez voltar muitos anos. Minha mãe também comprava a Fatos & Fotos, e quando vi esta revista passei por em~ção que acredito semelhante a sua. Meu sonho era um Interlagos, mas me apaixonei pela Puma. Em 70 tirei minha carteira e tive um Lorena, mas muitos anos depois tive um Puma 69 , que não sei que fim levou. Te agradeço pelas maravilhosas lembranças que teu post me troxe novamente.

Mario Estivalet disse...

Esqueci: tirei "carta" com 17 anos!!!! (agosto 1970) Não sei se foi apenas no Rio Grande do Sul, mas por pouco tempo foi possivel tirar uma "Autorização" para dirigir, parece que a partir de 16 anos, exatamente quando eu estava com meus 17. Durou pouco tempo, acho que apenas uns seis meses, mas nesta loteria eu fui premiado!!!!!!

Dario Faria disse...

Olá Felipe!
Muito legal esta matéria da revista!O piloto do carro ao que me parece deve ser o próprio Rino e o carro deve ter as rodas da Kombi,mas com "meia tala" e as calotas não dá para saber a origem e os cubos rápidos de enfeite dão a impressão que foram colocados de uma forma postiça sobre estas calotas e ao que me parece tem o emblema ou a cara do gato ao centro desta peça, e o interesante é o refletor dentro da bolha de plástico dos faróis,uma adaptação caseira,e as frestas de ventilação abaixo do para-choque traseiro devem ser para aliviar o calor do escape esportivo.O carro devia ser um protótipo pré-série.A numeração da placa é com vários numeros,não saberia dizer o porque do depto de transito da época utilizar este critério de numeração...E para finalizar o painel segue a escola italiana com um belo acabamento em madeira,volante e relógios esportivos.Isto me faz desejar ainda mais terminar o meu Puma 69!
Dario Faria

Luiz Paulo disse...

simplsmente fora se série esse carro, acho q um dos modelos mais bonitos. felipe, fica uma sugestão minha, faca um twitter, pro pessual compartilhar contigo e comentar sobre fatos

Felipe Nicoliello disse...

Mario,
Somos iguaiszinho no gosto, o primeiro esportivo que sentei foi um Interlagos Berlineta, 1966, depois veio esse Puma da revista, 1968. Aí vieram as corridas em Interlagos e a paixão pelos Lorena, 1970. Todos paixão platonicas, só vontade de ter. Lembro dessa autorização para dirigir, que não aprovaram em SP.
Dario,
Era o Rino.
As rodas de ferro eram originais da Kombi aro 14, sem meia tala.
As calotas exclusivas Puma.
Sim, tinham a cara da fera, mas desenho diferente dos mais atuais.
As saídas de ar eram para evasão do ar quente vindos da refrigeração do motor. O detalhe que somente esse Puma tinha essa saída em formato de grelha.
As placas em SP começaram com 001 que pertencia ao Comendador Matarazzo. Um pouco antes dessa época, ainda víamos carros com placas de um centena e milhar. Os carros foram chegando e as placas começaram a receber traços para facilitar a escrita, até esse momento, que já não havia mais como colocar números nas placas, nesse Puma 1.405.778. Depois vieram a letra "S" inicial, que não deu certo, para logo chegar as placas de duas letras iniciais, mas idependente em cd Estado.
O painel de aço cromado e madeira é exclusivo do modelo 1968.
Luiz Paulo,
Agradeço a sugestão, mas mal dou conta de responder os e-mails e comentários, imagine se ainda tiver twitter!

Anônimo disse...

boa noite pessoal são 18:50 meu nome e gabriel sou de joão pessoa tô com meus 45 nais ainda fico pensando porque a puma foi voltou foi voltou e foi embora de novo e não apareçe ninguem eu digo ninguem que tenha coragem o suficiente neste pais continemtal para comprar tudo aquilo lá no paraná e colocar para funcionar para numca mais ir embora é realmente uma tristeza ter que ficar como roberto carlos dizemdo. eu me lembro com saudade o tempo que passou, carrões numa festa de sorriso e cor. eu tambem tenho uma revista com reportagem da puma é uma autoesporte de 1980 de numero 185 com uma reportagem entitulada. Marcas brasileiras (II) PUMA: TRADIÇÃO QUE NASCEU NAS PISTAS onde tem fotos de um lote de pumas sendo exportado para suiça. Pessoal uma marca como essa que já foi exposta ao lado de carros como a lotus no salão de genebra em 72 se não me engano não deveria jamais, eu digo jamais ter chegado a condição que chegou pois a lotus está ai lançando o seu modelo evora eletrico é realmente de doer e diante de tudo isso eu digo o que disse o djavam talvez quem sabe um dia por uma alameda de um zoologico ela tambem chegará. um abraço a todos e boa noite são agora aqui em joão pessoa 19:00

Felipe Nicoliello disse...

Gabriel,
Infelizmente o problema é cultural e político. Talvez um dia os valores serão mudados.
Nessa linda história da Puma, o que sempre enterrou a empresa foram os interesses políticos e financeiros. As pessoas que ali trabalharam por amor, se dependesse delas, a Puma estaria viva até hoje, pois dedicaram a vida e perderam tudo por ações de alguns "expert"alhões. Isso em todas as fases da vida Puma.

GuilhermeLago disse...

O lourinho sentado embaixo do capô sou eu com dois anos e aquele que olha a roda do Puma é meu irmão mais velho Rudolfo! :)