quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Reportagens (50) Brasília, Vitória do Puma Mineiro

A reportagem da revista Quatro Rodas de maio de 1970, enviada pelo meu amigo Fernando Gusmão, traz a prova de Brasília-DF, onde o Puma GT 1950 cc de Antônio da Matta e Clóvis Gama Ferreira (MG) vencem com duas voltas de vantagem. Outro Puma, o famoso espartano n° 48 de Angi Munhoz e Freddy Giorge (SP), chega em terceiro lugar, na frente de muita gente boa. Na décima colocação outro Puma GT de Ariberto Iasi e Luís Carlos Sansone (SP).

4 comentários:

Anônimo disse...

Toninho da Mata era uma unanimidade:

-"...pilotava mt bem, era pequeno e leve, fazia perfeito conjunto com o Puma GT!"

(Ronaldo)

Anônimo disse...

...em Belo Horizonte estes ídolos estavam bem acessíveis e eram simpáticos, cito tb o Eng Civil e piloto 'Marcelo Campos' e seu Puma vencedor, patrocinado pela revenda VW, ali da 'BR-3' ...a 'CARBEL':

- "...era possível, após um evento, voltarmos de carona com um piloto como 'Boris Feldman'!"

Obs.: na época foi dos primeiros a comprar o 'Corcel 4 portas'
...sendo que acabara de voltar de grande viagem até a Argentina, sem contratempos.
(Ronaldo)

Jovino disse...

Felipe,assisti esta confusa corrida dos mil quilômetros de Brasilia de 1970 ao vivo e vivi tudo o que aconteceu durante a madrugada, debaixo de muita chuva.
Os vencedores, na realidade, não foram o Toninho da Matta e Clóvis da Gama Ferreira e sim o Emilio Zambelo e Marivaldo Fernandes.
Com uma equipe de cronometragem inexperiente e uma quantidade recorde de inscritos para a prova, os cronometristas se perderam nos tempos e que acabaram sendo estimados e causando uma confusão geral no grid.
Os pilotos se revoltaram e se recusaram a largar e aí a direção da prova convocou a polícia e Exército e deu voz de prisão para os pilotos.
Após três horas de confusão deram a largada para o último mil quilômetros de Brasilia realizado nas ruas da cidade.

Enfim, após o termino da prova, onde só foram cumpridos em torno de oitocentos e poucos quilômetros, deram a vitória ao Toniho da Matra e o Clovis da Gama com Puma, mas depois de reverem o mapa da prova, ficou constatado que os ganhadores foram o Emilio Zambello e o Marivaldes Ferandes, se não me engano, com Alfa GTA.
Apesar de toda a confusão instalada, após a revisão dos verdadeiros vencedores o então Secretário da CBA, numa decisão estúpida, acabaram por deixar o troféu com o Toninho da Matta e o Clovis da Gama, pois eles já tinham recebido o mesma, mas deram os pontos do campeonato ao Zambello e ao Marivaldo, os verdadeiros vencedores oficiais dos Mil Quilômetros de Brasilia de 1970, mas que gerou muito protestos de todos os dois vencedores.
A destacar o protótipo DKW do Marcos Jardim com carenagem feita de gesso que foi uma verdadeira atração na prova, pois com o decorrer da disputa e da chuva que aumentava a todo instante, a carenagem começou a derreter, sobrando quase que apenas o chassi do carro para o delírio do público presente.
Jovino

Felipe Nicoliello disse...

Jovino,
Que história interessante, como sempre, só quem viveu sabe.
Obrigado por nos contar mais esse episódio do automobilismo brasilerio. São detalhes de bastidores e outros pós-prova, que reportagem nenhuma publica e mesmo se publicarem, não ganha a mesma conotação. Valeu!