Puma GTE 1971 - Espartano de corrida (8)

Uma bela imagem... Não somente pelo Puma Espartano #48, mas de todos os automóveis do estacionamento, só mesmo voltando ao passado para ver uma imagem dessa. Fusca de corrida com os para-lamas cortados; Karmann Ghia 1967 original; Mustang 1966 ou 1967; Ford Fairlane 500 1958; Fusca 1967 ou 1968 com calota chata, a esportiva da época; duas Kombi meia nada; Variant 1971; Fuscão 1971 e lá ao fundo, ao lado de outro Fusca, o rabo de um Alfa Romeo FNM 2150 ou JK. Foto cedida pelo meu amigo José Martins.

Foto do dia - Puma AM3

Foto de época - GTB S2 The First

A foto é do meu amigo Paulo Sérgio, ex-projetista da Puma. Reparem que neste primeiro GTB S2 de 1978 existe a faixa inferior que contorna todo veículo, sendo abolida na fabricação. O emblema ainda está ao lado da lanterna, sendo mudado para cima da lanterna na produção em série. As lanternas tricolores que equipam o modelo só vieram em 1982, quando a legislação obrigou. Os espelhos "raquete" já estavam definidos, assim como as rodas de aro 14". Isso são ajustes de linha de montagem, toda fabrica tem, porque nem sempre aquilo que os projetistas querem é possível ser realidade, por questões de custos, tempo de produção ou impossibilidade de adquirir peças no mercado, como o caso das rodas, que não existiam pneus nacionais disponíveis em aro maior com perfil mais baixo.

O GTB S2 em questão é o mesmo que figurou na revista Quatro Rodas de janeiro de 1979, que tinha todo interior em couro vermelho.

Desrespeito - GTE 1974

PUMA DOBLÒ ou PUMA FURGÃO, pode uma coisa desta?

Está no mercado livre para venda e o proprietário diz que elevou o teto em 15 cm. O meu amigo Luby - quem me alertou para o link - disse: "-Será que não cabia dentro?"
Como pode fazer algo assim, simplesmente estragou o Puma...
... De frente parece um Fiorino!

Reportagens - Jornal do Carro dezembro 2010

Em dezembro de 2010 o Jornal do Carro, suplemento do Jornal da Tarde de São Paulo, publicou a matéria sobre livros de automóveis. E um deles foi o livro do Marcos Virgínio Pasini "Memórias de um Engenheiro Recém-Formado". O livro está a venda na www.biblioteca24x7.com.br ou direto com o autor pelo e-mail mpasini@terra.com.br .

Espartano - Recriação (2)

Continuando os trabalhos da recriação do Esparto # 48, com mais detalhes do processo.

O Benê responsável pela modelação continuou seu trabalho preenchendo os vãos - onde foram feitos os cortes - com poliuretano, um material leve e capaz de preencher espaços vazios com a dureza necessária. É o mesmo material do shape de pranchas de surf.
Enquanto a espuma de poliuretano seca para o devido corte, o Benê está copiando a canaleta de água, um molde para tirar outras duas peças e fazer o prolongamento destas nas laterais.
Depois de cortada a espuma, uma aplicação com fios de vidro (roving) é feita no local, para dar rigidez necessária a estrutura das colunas.

O serviço bruto pronto faltando apenas o acabamento fino com muita lixa e pouca massa plástica.
Aqui, nas fotos abaixo, mostrando o prolongamento das canaletas para escoar a água e apoiar o capuz traseiro.
Na parte interna foi laminada fibra de vidro para colar os perfis de encaixe da borracha do vigia.
O próximo passo serão as tomadas de ar laterais, onde existia o "tubarão", que agora serão as "orelhas" ressaltadas para maior captação do ar ao motor.

Eventos - 3° Encontro de Antigos 457 anos de S.Paulo

Ontem em comemoração aos 457 anos da cidade de São Paulo-SP realizou-se o 3° Encontro de Automóveis Antigos no Palácio das Indústrias. Entre muitos dos veículos antigos presentes, uma ala chamava bastante atenção: a dos conversíveis, todos Puma! O meu amigo Henri Biedermann estava lá com seu GTS 1978 vermelho, placa preta, para conferir e fotografar a bela imagem. Nunca tinha visto somente Puma conversível em uma exposição, nenhum coupê, uma raridade.

Espartano - Recriação (1)

A partir de hoje vocês vão acompanhar a recriação do Puma # 48, que pertenceu a Equipe MM nas mão do grande Angi Munhoz e posteriormente foi comprado por outro grande piloto José Martins.
Já iniciado pelo Puma Clube há dois anos, o projeto passou por uma reformulação de estratégia de construção e modelo a ser recriado. Antes o projeto inicial tomava como base o Puma # 66, mas como o 48 teve uma carreira brilhante nas mãos destes dois amigos, claro que é mais merecida a homenagem. Segundo o meu amigo José Martins, a carroceria do Puma #48 foi destruída em um acidente de rua nas mãos da pessoa para quem ele vendeu no anos 70. Portanto somente uma recriação para matar as saudades.
Neste primeiro momento, o trabalho está sendo executado nas dependências da Max Garage pela Fina Fibra sob comando do meu amigo Jorge Rocha.

A traseira já havia sido cortada e hoje laminada na posição correta, com ajuda do vigia traseiro doado pelo nosso amigo e sócio do Puma Clube, que tem um Espartano.

Alguns detalhes anteriormente trabalhados serão revisados.

Mais novidades depois de amanhã, afinal aqui em São Paulo é feriado neste dia 25 de janeiro, comemorando 457 anos e eu estarei de ocupado com minha folga, mas o Espartano continua a todo vapor.

Reportagens - Jornal do Carro - Namoro de 20 anos

Para quem não pode comprar o Jornal do Carro, abaixo a matéria de Viviane Biondo e fotos de Sérgio Castro.

A matéria digital com mais fotos está aqui.

News Puma

O Puma GTE 1974 estará brilhando nas páginas do Jornal da Tarde de São Paulo, no suplemento Jornal do Carro, amanhã, sábado dia 22 de janeiro de 2011.

A sessão de fotos realizada pelo fotografo Sérgio Castro, as margens do lago do Parque Ibirapuera, movimentou o deserto local em uma tarde desta semana. As fotos ficaram lindas, vamos conferir!

Um trabalho sério e profissional do Sérgio. Detalhista, ele vai ao extremo da máquina e da "modelo" para conseguir uma boa foto.

Puma+Arts

Extraído do catalogo Puma GT de 1967.

Revestimentos laterais internos - GT/GTE/GTS/GTI/GTC

Vamos abordar o tema revestimentos internos em parte, nos detalhes das laterais de portas e alguns equipamentos que as compõe.

Primeiro com o Puma GT DKW, que era revestido de courvin com um acabamento em friso cromado cortado a lateral de uma ponta a outra. As maçanetas são do Fissore DKW e o puxador de porta exclusivo Puma, que detalharemos mais adiante.

No Puma GT VW de 1968 a 1970, o revestimento da porta permaneceu inalterado, guardada as devidas proporções. Apenas a fixação mudou, sendo por parafusos com chapas estampadas formando uma aruela. Era o mesmo sistema utilizado no VW Kombi. Isto na época representava esportividade, já que os veículos de corrida tinham como conceito serem fortes, não importando o acabamento ou visual, antes de tudo funcional. Reparem que no GT a quantidade de parafusos de fixação era menor que no GTE posterior. Três parafusos na parte superior, três na inferior e dois em cada lado das laterais. Esses parafusos eram de diâmetro menor dos costumeiros encontrados, mais discretos.

Ainda sobre os GT, foi incluído um cinzeiro na lateral de cada porta, abaixo da maçaneta do vidro, o mesmo cinzeiro do...
... Fissore DKW, que por sua vez era igual ao dos Fuscas da década de 50, com o puxador em preto.
Quando do lançamento do GTE em 1970, a Puma modificou as laterais de porta, com um desenho mais simples e moderno. O sistema de fixação por parafusos permanece inalterado em posição, quantidade e tamanho. O cinzeiro - agora único - passou para o novo console.
As maçanetas de abertura das portas, assim como o mecanismo e fechadura ainda eram do Fissore. A maçaneta do vidro, vinda da VW Variant aciona a máquina de levantamento de vidro do Fusca, com o lado invertido para o Puma. Vejam o cinzeiro no apoio de braço do console, o mesmo utilizado no VW Kombi, porém pintado de preto fosco automotivo.
A lateral traseira também era de courvin com costuras na parte inferior formando barras verticais. Este desenho iniciou no GT 1968 e durou até 1972.
A costura que forma o desenho retangular das laterais de porta tem as dimensões grafadas na foto abaixo. Esse formato de desenho começou no GTE em 1970, no GTE Spider em 1971 e seguiu até 1976 na primeira série. A diferença fica por conta da quantidade de parafusos, um a mais, na posição de fixação e tamanho maior.
A partir de 1973, o courvin comum é substituído pelo courvin tipo "couro de porco", muito utilizado pelos automóveis europeus e principalmente os Porsche. Abaixo uma lateral ainda original, com mais de trinta anos.
Reparem no desenho desse tipo de courvin. O puxador de porta era revestido do mesmo material, com uma costura dupla ao centro. Era contornado por um largo friso de alumínio, que só aparecia sua borda.
Abaixo o puxador de porta com o mesmo desenho desde 1967 revestido com um courvin normal na foto abaixo.
No detalhe a parte escondida do puxador mostrando a largura do friso.
Mais um detalhe, agora do parafuso de fixação das laterais de porta a partir de 1973 com a chapinha estampada formando uma aruela. Essa chapinha de ferro muito fino, enferruja com muita facilidade.
Nos Puma até a primeira série de 1976, todos tinham pequenas laterais ao lado da porta na dianteira, com bolsas para objetos e pertences. Nas fotos abaixo, as laterais originais com courvin couro de porco, que também são fixadas com os mesmos parafusos e chapas estampadas. Neste caso foram colocados dois alto-falantes de 4" para o som frontal. A tela dos alto-falantes são da época.
Do extintor de incêndio era colocado na frente da lateral dianteira do lado do passageiro.

Na parte traseira, as laterais ganham novo desenho a partir de 1973. Basicamente uma costura fazendo o contorno do espaço, como nas laterais de porta. Neste carro os alto-falantes traseiros de 6" foram instalados nas laterais. Quero ressaltar que na época nenhum carro vinha de fábrica com som e alto-falantes instalados, ficando o serviço a cargo das lojas especializadas e ao gosto do cliente, portanto sem um padrão a ser seguido, apenas tomamos os devidos cuidados de instalar equipamentos do mesmo ano do carro, para não chocar. Tudo que se coloca, mais velho ou mais novo, choca muito.
Quando do lançamento da nova carroceria, em março de 1976, a segunda série, as portas mudaram, assim como as laterais. Agora com um novo sistema de fixação por presilhas escondidas, chapa metálica na parte superior e desenho com costura eletrônica (aquela que marca e molda o courvin pelo sistema a quente).
O puxador deixou de ser exclusivo Puma, passando para o puxador utilizado na linha VW mais luxuosa.
Abaixo o detalhe da lateral, onde à parte da chapa de fibras Eucatex é fixada na chapa metálica que encaixa na parte superior da porta. O revestimento de courvin é grampeado nesta chapa de fibras. Em toda a volta desta chapa existem orifícios para encaixe das presilhas que vão prender a lateral a porta. Importante é o plástico de proteção do eucatex, para quando água entrar dentro da porta, não molhar e estragar o material, que teme água e umidade.
Monocromático, uma opção que começou em 1979 e foi até 1984. Tudo era marron, courvin, puxadores, maçanetas e tudo dentro do interior do veículo, como botões, painel, volante, bancos, etc.
Nos modelos GTI e GTC, que mudaram bastante externamente, o mesmo não aconteceu em seu interior, mudando apenas revestimento dos bancos. As laterais permanecem inalteradas até o final da produção em 1984.
Nos GTI e GTC Export a única mudança era a tampa para fechar o buraco da maçaneta de vidro, que nesses modelos eram de acionamento elétrico.