Quebra-cabeça (25) Resposta

Infelizmente ninguém acertou a resposta completa. A culpa não é minha e sim do cara que fez o Puma, que judiou e eu judiei de vocês. A resposta era muito difícil, porque além de entender de Puma, a pessoa deve ser um excelente observador.

Começando pela carroceria, trata-se de modelo GTE de 1976 em diante, que foi cortado o teto para ser transformado em GTS. No GTE para-brisa é menos inclinado que no modelo conversível. Vocês lembram que falei do para-brisa de conversível ser diferente do modelo coupê? Em todos os Puma, no conversível o para-brisa é mais reto ficando um pouco mais alto e menos inclinado.

Quando cortaram o teto, não tomaram o devido cuidado de deixar o espaço correto para o abrigo da ferragem da capota quando aberta, tornando a caída para a traseira com uma parte reta. A adaptação da frente e traseira com para-choques borrachão é muito comum e todos conhecem.
Nas imagens de lateral do Puma vemos claramente a inclinação do para-brisa, denunciando ser um GTE de 1976 em diante. Sabemos se tratar de 1976 em diante por causa do corte dianteiro da porta, nos "tubarão" anteriores e mesmo nos conversíveis, esse corte não se prolonga até o para-lama dianteiro. Se fosse somente a bunda caída poderíamos dizer se tratar de um GTS 1976 ou 1977, mas a inclinação do para-brisa mostra ser um GTE. A Puma quando lançou o conversível fez a mesma coisa, só que alterando a inclinação do para-brisa para melhor abrigar os passageiros, resultando no bunda caída, corrigida um ano e meio depois.
Na imagem abaixo fiz uma sobreposição do Puma em questão com outro GTS verdadeiro. Além da inclinação, a ponta curvada condena o serviço.
Com a capota fechada notamos a grande diferença resultante do para-brisa mais baixo, elevando visualmente a altura da cintura do carro, muito usual nos desenhos dos automóveis atuais.Muitos falaram das rodas, mas isso é um item muito fácil de substituição em algum momento da vida desse Puma, não sendo uma base sólida para análise. Realmente as rodas são do modelo 1976 a 1978, onde os raios foram polidos e estragados por causa da máquina de polimento.
Mais uma imagem para comparação entre esse Puma e os modelos originais. Bom, até aqui concluímos em se tratar de uma carroceria GTE de 1976 em diante.
Agora virão as grandes revelações. Nas imagens abaixo podemos ver que o painel é de um modelo de 1976 a 1978. Se olharmos os botões, principalmente do pisca-alerta, vemos que ele está na posição original de qualquer Puma de 1976 a 1978. Reparem que esse botão não está na mesma distância, que o par de botões à esquerda, isso é original. No Puma de 1979 em diante não existe mais esse botão. Ora, se a pessoa está transformando o carro, muda diversas coisas e ele é 1979, por que colocou esse botão corretamente como no modelo de 1978? A resposta é que o painel é de 1976 a 1978 e deixaram original, permanecendo as posições dos botões, apenas retiram o botão do esguichador do para-brisa. Todos sabem que o painel dos Puma de 1976 2a. série em diante é completamente diferente dos anteriores 1976 1a. série, correto? E sabem também que eles tem tamanho em comprimento diferente, mais comprido no segunda série. Portanto impossível colocar um painel desse na carroceria anterior, descartando a possibilidade de ser um "Tubarão". Apesar que essa possibilidade já foi descartada no quesito porta.
Agora vem a grande surpresa: o chassis desse Puma é um chassis de Karmann Ghia, portanto de Puma até 1976 1a. série. Apenas no chassis KG e Fusca o botão redondo do ar quente está próximo a alavanca de cambio. No chassis de Brasília, que equipam os Puma de 1976 2a. série em diante, esse sistema era acionado por alavancas perto do freio de mão.
Conclusão

Carroceria: GTE.

Ano da Carroceria: 1976 a 1978.

Ano do Chassis: abaixo de 1976 1a. série (chassis Karmann Ghia).

Ano do assoalho: 1976 2a. série em diante (assoalho Brasília).

Tentativa de Aparência: GTC 1981 em diante.

As conclusões resultaram de análise feita somente pelas fotografias, não representando a situação real. Para tal resultado, haveria necessidade de dados complementares, que podem nos mostrar até situação pior, tamanhas são as modificações.