A foto foi publicada em 1967 na revista Autoesporte.
terça-feira, 30 de agosto de 2011
Feras e Gatas
O GT Malzoni #96 exibia uma enorme tala larga na dianteira, como eram os conceitos antigos: carro de motor dianteiro e tração dianteira tala larga na frente e mais fina atrás; carro com motor traseiro e tração traseira, tala larga atrás e fina na frente; carro com motor dianteiro e tração traseira, talas iguais. Tudo isso tinha uma grande explicação técnica, sobre esterçante, sai de frente, sai de traseira, blá, blá, blá, que hoje me dia ficam para história. As geometrias das suspensões mudaram, os off-set das rodas também, sem falar nos pneus, que tiveram um avanço muito grande e o centro de gravidade que é levado muito em conta. Então, hoje o acerto da estabilidade de um carro é muito mais técnico que antigamente.
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2 comentários:
Eu trocaria o termo "mais técnico" por "mais rápido" no tocante ao acerto de suspensão. A Física não muda desde que o universo é universo. Mesmo desde antes disso. Mundando pro assunto mais específico que é acerto de chassis (ou chão, como se fala no Brasil) de carro de corrida, muito se pode falar. E é claro que muito falarei, mas no meu blog qualquer dia desses.
Ressalto agora que o Malzoni da foto apenas sofreu uma intervenção de momento, dados os parcos recursos disponíveis à época para alterar sua característica dinâmica numa dada pista sob uma dada condição.
Dizendo outra vez, a Física (mais específicamente, Cinemática), cujas leis regem as relações dinâmicas entre corpos em movimento, não muda nunca apesar de descobertas serem feitas à medida que se "enxerga" mais pra dentro ou mais longe. Ou seja, os meios pra fazer um carro pregar no chão (ou soltar, dependendo da demanda) sempre existiram. O que mudou radicalmente foi a velocidade com que se promovem as mudanças necessárias, até dispensando os ensaios na pista, já que já existem simuladores de desempenho bastante confiáveis e avançados.
"Botando arreparo", Felipe, sua regra pra estabelecer o tamanho das "talas" e sua disposição não é precisa. Quem manda sempre é o peso que recai sobre cada canto do carro. Onde tem mais peso, rodas mais largas. A regra é essa, independentemente da posição do motor e do eixo de tração.
Outra observação pertinente (para o caso desse Malzoni com enorme disparidade de tamanho entre os pneus dianteiros e traseiros) é a pouca oferta de tamanhos de pneus disponível à época, bem como de compostos de borracha.
No mais, aguardem para breve uma pincelada geral sobre suspensões e seu acerto no meu blog. Claro que vou dar atenção às suspensões dos VW a ar, né?
De aula em aula, vamos conhecendo com mais profundidade os detalhes técnicos de nossa paixão pelos automóveis.
Valeu a aula Irineu, continue, estamos apostos.
Abraço,
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