Fora de área - Hofstetter (2)

A primeira publicação sobre o Hofstetter fiz aqui. Lá falo pouco sobre os detalhes do carro, tratando mais do assunto design, que foi derivado de concepts cars. Hoje, com a ajuda do meu amigo Fernando Gusmão, vem a reportagem da revista Quatro Rodas de setembro de 1986, que fornece muitos detalhes.

 Como o modelo era muito complexo em sua fabricação artesanal, seu custo era elevadíssimo, inviabilizando sua produção, que não passou de 19 esportivos fabricados. Mas quem comprou não deve ter se arrependido, o carro era um show, sem contar que chamava mais atenção que Ferrari.

 

 Os números conseguidos no teste foram bons, com exceção do nível de ruídos. Era um esportivo que poderia evoluir muito, se tivesse tido tempo.

 Gosto muito de comparações de desenho. Quando falei no post anterior que seu desenho era baseado no Maserati Boomerang, de Giugiaro, e não cópia, percebemos isso no comparativo de frente. A diferença entre os detalhes são desprezados, pouco significantes, mas nas linhas podemos ver grandes diferenças. A começar pelo para-brisa, mais baixo no Boomerang; coluna A mais a frente que no Hofstetter; frente em cunha mais pronunciada no Maserati e integração das laterais com a frente, mais harmonia no italiano.

O Hofstetter não deixa de ter um desenho interessante, principalmente porque marcou uma fase na industria dos esportivos fora-de-série, acabando com o mito de esportivo brasileiro não poderia ousar.