A pedido do meu amigo Luiz Fernando Lapagesse do Rio de Janeiro, através de fotos, afinal estou em São Paulo, fiz um trabalho para identificar o ano exato do Puma que ele está restaurando. Como o veículo não tem documentos, plaqueta e tem algumas modificações, ele não sabe exatamente seu ano. O Luiz Fernando é construtor de automóveis e lançou a pouco tempo o Lorena GTL, réplica do saudoso Lorena. Veja aqui a matéria no site do meu amigo Mário Estivalét.
Começando o trabalho:Nessa foto podemos determinar um começo para saber o ano.
Na parte do capô já temos certeza em se tratar de um modelo GT 1968 a 1970, uma modificação onerosa, que ninguém se metia a fazer.
Nessa, vemos a tomada de ar sob o para-brisa que teve início nos modelos GTE de 1970 a 1972.
O painel, mesmo sem revestimento e complementos é o melhor local para identificar o ano desses Puma jurássicos. Existem diferenças na fibra do painel entre os anos. Nos primeiros 1968, com revestimento de chapa metálica, o alojamento dos instrumentos eram mais fundos, depois passou a ser mais rasos, já com o revestimento de madeira, ainda em 1968, e que pode ser a partir no número 50 de produção ou até um pouco antes, depois jamais. Uma das identificações para saber se é 1968 antes ou depois do n° 50, ou seja do primeiro ou segundo semestre daquele ano, basta ver as saídas de ar sobre a parte interna do painel. Nos primeiros, as saídas são frontais, veja em Painel Puma GT 1968. Os cantos inferiores retos dos modelos de GT pouco identificam, porque é uma mudança muito fácil de ser promovida e pode nos enganar.
O Puma GT não tinha saída do ar viciado do interior do veículo, aliás não lembro se existia algum veiculo nacional nessa data que tinha esse sistema. A Puma introduziu essa saída no modelo GTE em 1970, para atender requisitos internacionais e ao mesmo tempo subiu para posterior o capô dianteiro a entrada de ar, permanecendo as antigas apenas como enfeite.
Outra mudança notada é quanto ao painel traseiro, que no modelo GT abrigava a pequena lanterna de placa do Puma DKW e no modelo GTE, mudaram essa lanterna para maior e como consequência, o local para instalação teve que crescer. Nisso, todo o painel teve um crescimento, deixando de ser bem chapado para ter uma leve curvatura.
Conclusão: esse Puma é um autêntico GT 1500 de 1968 depois do segundo semestre.
Automóvel de fibra não é fácil, as pessoas mexiam com muita facilidade, alterando, modificando e nem sem pre com a devida técnica, porque "mexer" com fibra é fácil, fazer o processo correto sem ter problemas futuros, tem que ter conhecimento e muita prática. A questão da funilaria/laternagem é a mesma coisa, quem não sabe alinhar peças ou dar acabamento, tanto faz ser fibra ou chapa de aço, a porcaria, digo, o resultado vai ser o mesmo.
4 comentários:
Ohhh, non credo che è possibile, un altro vero 68, Ohhhh!!
E pensar que quase quebramos o para-brisa do bichinho...
ótimo, um raro modelo 68, mais fico me perguntando como fazer com a documentação, ou melhor com a falta de documentação
pelo q me parece. o unico item que diferencia este modelo, entregando o ano de fabricação entre 68 e 69 é a entrada de ar cortada na vertical embaixo do parachoque dianteiro ao lado da lanterna do fissore
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