Sobre o número do produto falamos anteriormente em Número do produto Puma, e lá é explicado porque esse número existia, coisas da fibra de vidro. Interessante ressaltar que as carrocerias ficavam expostas ao tempo para a cura completa da resina de poliéster durante alguns meses.
Vejam que as carrocerias estão marcadas com o n° do produto |
Claro que no começo da produção de 1968, esse tempo deve ter sido reduzido e muito, pois eles tinham pressa em montar os veículos para venda e ganhar dinheiro para pagar as contas, que quem tem empresa sabe que elas não param.
Dispostas assim para a secagem, quando pegavam para a montagem, respeitavam as datas, mas não a numeração. Isto porque as primeiras devem ser as de baixo e as últimas as de cima em uma leva fabricada na mesma semana. Então a ordem era a que já estava em seu tempo correto e que estava mais fácil.
Com isso, a ordem de produção não era exatamente pelo número do produto (n° da carroceria) e sim, a ordem escrita no Livro de Registro de saída e posterior faturamento (nota fiscal).
Vejam o exemplo abaixo extraído do Livro, gentilmente cedido pelo amigo Rubens Rossato:
O n° 17 foi o décimo primeiro a ser entregue. Já o n° 5 foi o décimo segundo a ganhar as ruas.Em alguns momentos desses seis anos de Puma Classic e dos doze "pregando" a originalidade, devo ter falado que até o n° 50 do Puma GT VW utilizava painel de metal e a partir daí utilizando o painel de imitação de madeira. Mas esta afirmação está incorreta. Depois de conhecer exatamente os registros, analisamos que não podemos fazer uma afirmação desta, pois a metodologia de fabricação aplicada, não consistia na formalidade de sequência dos números. Neste caso, a matéria sobre o Painel do Puma GT 1968 de março de 2012, ainda é válida, pois não cita número e apenas a identificação da carroceria. Se tiver a tubulação de ar (laminada internamente) direto ao painel, utiliza painel de metal. Se esta for direto junto ao para-brisa é painel de madeira.
Outro caso já citado no Puma Classic é quanto aos quadros de vidros das portas, que no catalogo de peças do concessionário Puma cita que a partir do n° 250, houve mudança nos quadros. Isto é válido, pois a Puma ressaltou a mudança, colocando um ponto inicial e término para tal peça. Se não fosse isso, dificilmente poderíamos identificar esse tipo de mudança, ao contrário do painel que altera peças incorporadas na carroceria.
2 comentários:
Bonito ver a fotografia de tantas carrocerias empilhadas no processo de fabricação. Interessante saber que nos anos 60 se desenvolveu um produto tão bem aceito pelo público. O desenho do Puma não envelhece e permanece belo, diferente de outros carros da mesma época que tornaram-se feios com o passar do tempo. Parabéns pelo site! É interessantíssimo!
Aqui na cidade,tenho um amigo que tem uma 68 e no painel dela tem as saídas de ar nos cantos direito e esquerdo!Presume-se que seja uma das primeiras 50 produzidas!Pena que o carro não tem mais documentos e está montado em um chassi de Variant,não foi feita nenhuma modificação na carroceria para a instalação,apenas o chassi foi moldado para a carroceria!A fibra está muito boa,com exceção da frente que em algum momento deram uma encostada e ao fazerem o concerto,colocaram as lanternas da CG!Se algum tiver um chassi da 68 e quiser comprar o carro ele está vendendo!
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