Linha de Montagem do Puma GT (DKW) |
Hoje, 2 de outubro de 2014 comemoramos os 50 anos de fundação da Puma Veículos e Motores, a maior e mais completa fabricante brasileira de veículos automores.
Para isso preparei esses flashs dos acontecimentos ao longo dos anos de sua existência, os mais relevantes e sem contar a rica história da Puma nas pistas de competições.
1964 – Nasce a
idéia e a base do protótipo. Em 2 de outubro de 1964 é fundada a Lumimari.
1965 – Inicia
a produção do GT Malzoni.
1966 – A Lumimari muda de nome para Puma Veículos e
Motores Ltda. e é apresentado no Salão do Automóvel o Puma GT.
1967 – Começa e termina a produção do Puma GT com mecânica
DKW, que ganha o Troféu Quatro Rodas de melhor designer nacional. Inicia-se o
projeto do Puma GT 1500.
1968 – O Puma GT 1500 é apresentado em maio daquele
ano e entra em produção.
1969 – Em junho é atingida a marca histórica das 300
unidades produzidas em 1 ano de produção do modelo GT 1500, que viajou à Europa
para apresentação em diversos países, percorrendo 25.500 km entre 9 países. A
Puma projeta e fabrica em tempo recorde, um modelo esporte exclusivo para a
revista Quatro Rodas, o Puma GT 4R. Apenas cinco unidades foram construídas.
1970 – Nasce o Puma GTE 1600 que participa de uma
exposição em Nova York. É apresentado o Puma conversível no Salão do Automóvel.
A Puma adota o novo chassi de Karmann Ghia com suspensão dianteira por pivô,
eixo mais robusto, bitola mais larga, freios a disco na dianteira e rodas de 4
parafusos.
1971 – Começa a produção do Puma GTE Spider e a Puma
fecha um contrato com a empresa Heliogás para a fabricação de 400 cabines
especiais para caminhão em dois anos, nascendo assim o caminhão Puma. A Puma
apresenta o Puma Chevrolet, o modelo P-8. Em setembro de 1971 o Puma atinge a milésima
unidade, após três anos de produção. A Puma ganha o I Rally da Integração
Nacional (do norte ao extremo sul). O Puma GTE participa do 5‘ Rallye
Internacional TAP, na Europa.
1972 – Os modelos Puma GTE e GTE Spider são
exportados regularmente para a Suíça e outros países. No Salão do Automóvel a
Puma apresenta os novos modelos coupê e conversível, além de mostrar o novo
protótipo do Puma Chevrolet chamado de GTO. Adoção de novas injetoras de fibra
de vidro para fabricação das carrocerias e máquinas de aplicação de Gel-Coat,
idênticas ao da fabricação do Chevrolet Corvette. Com pouca divulgação é
lançado o modelo GTE Rally, com o intuito da homologação do modelo para
competições em rallys.
1973 – O Puma GTE com nova carroceria e interior
totalmente novo começa a ser produzido. O GTE Spider passa a se chamar GTS,
também recebendo as mesmas alterações do coupê. O Puma GTO muda de nome para
GTB e é apresentado no Salão de Bruxelas com pequenas alterações em relação ao GTO.
A Puma licencia a empresa sul africana
Bromer Motor Assemblies para a fabricação do modelo GTE. Para isso a fabrica
brasileira fez a adaptação da carroceria para a utilização do chassi do VW
Sedan, o único modelo existente naquele país. Os modelos Puma são um sucesso no
Salão de Amsterdam.
1974 – O sonho do veículo urbano é apresentado no
Salão do Automóvel: o Mini-Puma, com suspensões, chassi e motor Puma. Inicia-se
a produção do Puma GTB.
1975 – A Puma concentra-se no aumento da produção
dos veículos e do novo produto para o ano seguinte. A razão social muda para
Puma Veículos e Motores S.A., abrindo seu capital na bolsa de valores. O
projeto do veículo urbano é engavetado por falta de financiamento.
1976 – Em março é apresentado o novo Puma, com novo
chassi (do VW Brasília) e novo carroceria para os modelos GTE e GTS. A razão
social muda novamente, agora para Puma Indústria de Veículos S.A. e a produção
aumenta gradativamente.
1978 – Os modelos são alterados em certos detalhes para
aumentar a produção e melhorar o produto, visando o mercado externo.
1979 – É apresentado o novo modelo GTB da Série 2, o
Puma GTB S2 o veículo mais luxuoso do Brasil na época. O Puma GTB convive a
mesma linha de produção do S2 somente no começo do ano e depois é encerrada sua
produção. É apresentado o novo caminhão Puma 4.T, para 4.000 kg, atendendo o
uso urbano nas pequenas entregas.
1980 – No segundo semestre, um facelift nos modelos GTE e GTS são realizados para atualização dos
produtos. Seus nomes são alterados: GTe passou a ser GTI e GTS para GTC. Novos
contratos para exportação são realizados. Um modelo diferenciado foi
desenvolvido pelo concessionário MM para atender seus exigentes clientes e o
mercado japonês. Baseado no GTI e GTC , o modelo Export era fabricado na Puma com
exclusividade para a MM no mercado brasileiro. É lançado o primeiro micro ônibus
a álcool, fabricado pela Puma com base no caminhão 4.T e carroceria Caio. Começam
os testes do projeto P-016, com mecânica central refrigerada a água e chassi próprio.
São exportados 150 veículos entre GTI e GTC para o Estados Unidos e não são
aceitos devido a mudança da legislação americana e retornam ao Brasil. A Puma
participa do Rally Trans Chaco no Paraguay com dois modelos GTI.
1981 – Lançado o Puma P-018 com desenho inovador,
mas mantendo a mesma mecânica. A Puma participa do projeto da Copel, o caminhão
Elétron movido a eletricidade. Uma grande enchente na fabrica abala a empresa.
1982 – O sonho continua, a Puma tenta fechar um
acordo com os japoneses da Daihatsu para fabricação do veículo urbano, baseado
no Cuore da japonesa. Mas o governo não deu o aval para o contrato. É engavetado o projeto do Puma P-016 depois de dois anos de exaustivos testes.
1984 – É encerrada a produção na Avenida Presidente
Wilson, no Ipiranga, em São Paulo-SP.
1985 – Algumas unidades do
modelo P-018 são produzidas no galpão do bairro paulistano da Lapa e outras nas
instalações da fabrica em Capivari-SP, onde seria a futura fabrica.
É lançado o Puma P-018 Conversível com diferenças
nos faróis e lanternas traseiras, em relação ao modelo coupê.
1986 – A empresa é vendida a um grupo paranaense que
funda a Araucária S.A. e muda a fabrica para Curitiba-PR.
1987 – A produção da Araucária é iniciada com o
modelo GTB S2 ASA (de Araucária S.A.). Produz os modelos GTI e GTC na forma de
Kit, onde o comprador levava a mecânica usada que era revisada e montada em
carroceria nova. A empresa não conseguia comprar a mecânica zero km da VW por
causa da dívida com a montadora alemã, que ainda não tinha sido paga.
A empresa trabalha nos modelos baseados nos P-018 e
P-018 conversível para fabricar um modelo exclusivo para exportação, chamado de
Al Fassi, que acabou ficando apenas nos protótipos.
1988 – Araucária é comprada pelo Grupo Alfa
Metais e licencia a Alfa Metais Veículos
para a fabricação dos modelos Puma. É lançado o Puma AMV baseado do GTB S2; AM1
baseado no P-018 e AM2 baseado no modelo conversível com mecânica a ar. A Alfa Metais paga a dívida com a VW e volta a receber motores e chassi.
1989 – A Alfa Metais lança o Puma AM3 Coupê e AM4
Conversível com mecânica refrigerada a água, mas continua com chassi de Fusca e um sub-chassi para aclopamento do motor AP. O caminhão 4.T continua sendo
fabricado.
1992 – O caminhão muda e agora é chamado de 914.
1994 – Encerrada a produção dos veículos esportivos.
A produção dos caminhões e ônibus permanecem com novos modelos CB 7900 e CD
7900.
1999 – É encerrada as atividades da empresa com mais
de 23 mil veículos produzidos ao longo
de 35 anos.
8 comentários:
Sem sombra de duvida é uma bela historia, que, ao meu ver, é pouco conhecida pelo povo brasileiro, ficando somente fechada entre pequenos grupos, sera que um dia vamos ver tudo isso sendo contado nos livros de historia.
Toda vez que leio sobre a historia da Fabrica Puma fico me perguntando como seria os Carros Puma se estivessem sendo fabricados ate hoje
Felipe
Muito legal este resumo. Será sempre boa fonte de consulta. Apenas uma dúvida me ficou: está dito que, em 1966, a razão social mudou para "Puma Veículos e Motores Ltda" e, em 1975, novamente se diz que a razão social muda para "Puma Veículos e Motores Ltda."
Um abraço
Milton
Um dia muito festivo.
Obrigado pelo presente.
Eu como apaixonado pelos felinos e proprietário de 4 modelos, fico feliz por fazer parte daqueles que lutam pela preservação de uma importantíssima parte da história do automovel.
Um forte abraço e até breve
Max
Milton,
A razão social mudou:
de PUMA VEÍCULOS E MOTORES LTDA.
para PUMA VEÍCULOS E MOTORES S.A.
ou seja, deixou de ser limitada (capital fechado) para sociedade anônima (capital aberto).
LTDA. é quando apenas alguns sócios são proprietários, limitado ao número de 7 pessoas.
S.A. quando o número de sócios é maior que 7 que pode ter ações comercializadas na bolsa de valores ou não. Mais ou menos isso que aprendi há muitos anos e não sei se algo mudou nos detalhes, mas a essência ainda é a mesma.
Felipe
Não tinha visto o S.A.
Um grande abraço e, uma vez mais, parabéns por seu trabalho de preservação da marca e por sua atenção com os novatos.
Milton
Como consigo uma carta de procedencia de um puma 1979 ?
Mestre Felipe,
Parabéns mais uma vez. Nos veremos em Curitiba.
Grande abraço.
Heriberto.
PUMA era única em seus funcionários um bando de "loucos" apaixonados por carros, praticamente todos que trabalhavam lá dentro tinham uma paixão muito grande por carros e não era só um mero emprego, até hoje lembro bem do cheiro que tinha a puma com seus materiais diferenciados tinham um cheiro único , cheiro de puma, rs, digo sempre que a puma de verdade era na Av Pres Wilson após isto não era mais puma , era uma empresa só para ganhar dinheiro com a marca, o mundo tem de girar e a PUMA virou uma história que pode felizmente ser contada por muita gente que lá conviveu em que tive a sorte de praticamente minha família inteira trabalhar lá dentro , convivendo e respirando puma dia a dia até 1983,abraço a todos
Varlei Martines
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