sexta-feira, 30 de outubro de 2009
GT Malzoni Hard Top
Puma de Amigo - Armand Botha
Reportagens - Autoesporte 1974
Foto do dia
Direito de resposta
"Felipe,
Quanto aos seus comentários sobre o texto publicado por mim, seguem os meus argumentos, que peço publicar no site:
1) A Gurgel é mais importante que a Puma no cenário da indústria automobilística por vários motivos. Além de ter produzido e exportado bem mais, fabricou o próprio motor (o Enertron, de 800 cm³, embora baseado no do Fusca, com menos dois cilindros e refrigeração líquida), o que a Puma nunca fez. O MiniPuma, por exemplo, nunca saiu da intenção. Uma fábrica de carros esporte não deveria produzir caminhões. Isso é um desvio de finalidade que não existe no panorama mundial. Particularmente admiro mais a Puma, apesar de tudo, do que a Gurgel. O João Augusto Conrado do Amaral Gurgel tinha ideias às vezes confusas, para não dizer erradas. Admiração não pode se confundir com fatos, que o jornalista deve respeitar.
2) Faz parte das lendas urbanas a história de que o governo "obrigou" a VW a ceder peças para a Puma. Está ressaltado no texto que a VW não apoiou o projeto porque já tinha o Karmann-Ghia. Na realidade houve negociação, pois não há sentido o governo fazer esse papel. O fato é que não faltou à Puma, e outros pequenos produtores depois, o fornecimento de componentes. A VW tentou uma solução de mercado, ao criar o SP1/SP2, sem conseguir deslocar a Puma.
3) O GT Malzoni, em forma final e carroceria de chapa de aço, foi mesmo exibido no Salão do Automóvel de 1964. Mas como só entrou no pavilhão alguns dias depois da inauguração, não foi visto por todos os visitantes. Em 1965 ganharam as pistas; em 1966, as ruas.
4) Confirmei com o Miguel Crispim que o GT 1500 tinha mesmo a plataforma do Fusca encurtada. Aliás, a questão do chassi usado é irrelevante, já que a única diferença para o Karmann-Ghia é a largura do assoalho, na seção dianteira, ligeiramente maior.
5) O GTB S2 foi lançado em 1979, ano da segunda crise do petróleo, porque já estava planejado. Não procede o comentário no site.
6) Quanto aos caminhões reconheço que foram fabricados poucas unidades depois de 1993, mas não simultaneamente com os carros, o que também considero irrelevante e nem deveria fazer parte da história da Puma. Abraços, Fernando"
A treplica:
1) Estou em desacordo, no meu pensamento as duas empresas, Gurgel e Puma foram as mais importantes indústrias nacionais, as duas no mesmo nível, cada qual com a sua importância. Quanto a Puma produtora de carro esporte, que não deveria produzir caminhões, só para citar apenas um exemplo existente no panorama internacional, a Mercedes Benz, atual detentora do título mundial da F1 em motores e que faz magníficos carros esportes e moderníssimos caminhões, e dos melhores do mundo, sem falar de ônibus, carros de luxo, furgões, jipes e mini-carros.
2) Concordo com você Fernando, fui precipitado em contar histórias de bastidores, que podem ser lendas. Peço desculpas.
3) Concordo, peço desculpas. Fui em busca de material e informações:
"O carro (ainda de chapa) não ficou pronto a tempo para a estréia do Salão e por isso mesmo muita gente não o viu. Mas ele foi exposto e estou te anexando uma foto do carro naquele evento. Uma curiosidade: Esse carro foi dado de presente de casamento para a filha do Rino e hoje se encontra em Canoas (muito acabado). Carlos Zavataro" 4) Em nenhum momento se falou em chassi de Fusca em todas as reportagens de época, o máximo que mencionavam era plataforma VW 1500, que em 1968 e 1969, não existia Fusca 1500, somente Karmann Ghia e Kombi (esta última não utiliza plataforma e sim um misto). Assim foi na Autoesporte de 1968... ...Na Mecânica Popular de 1968. Na Autoesporte de 1969... ...E por fim, na Quatro Rodas de 1970. Se fosse tão irrelevante a especificação, a Puma não teria projetado em 1973, uma nova base de carroceria para o Puma Sul Africano, para utilização em plataforma de Fusca (porque lá eles só tinham Fuscas), ela simplesmente pegaria os primeiros moldes e forneceria a Bromer Motor Assemblies. Mas não foi bem isso que aconteceu, porque simplesmente não tinham esse molde. Veja na foto do comparativo abaixo, a significativa alteração da base, nas duas carrocerias de ponta cabeça, a sulafricana e brasileira.
E o molde do início da fabricação dos Puma VW, com abertura da base do chassi para KG.5) Não concordo. Claro que se um projeto está em andamento, fica difícil de frear seu lançamento, mas isso acontece com muitas indústrias. Antes de por tudo a perder, perde-se apenas o desenvolvimento e ferramental, como aconteceu com a própria Puma, com o Projeto P-016, abortado duas vezes e na segunda etapa, seu desenvolvimento estava em estágio avançado, com mais de dois anos de testes rodoviários. Mas devido a crise, da Puma e não brasileira, o projeto de um Puma com motor traseiro refrigerado à água foi desativado.
6) Os poucos caminhões fabricados a partir de 1993 até 1998 somaram a quantia de 2800 unidades e 80 micro-ônibus, segundo informações de Rubens Rossato, ex-diretor da Alfa Metais. A descontinuidade na fabricação dos carros esportes foi opção da nova administração, já que seu presidente havia falecido, concentrando forças apenas em um produto que vendia bem. Julgar administrações é dever para acionistas e interessados, eu não tenho capacidade de julgar, mas não acredito que devemos deixar de lado, uma conquista tão importante, porque os caminhões também trouxeram divisas e comércio para o país.
Se o assunto se estender, continuarei apoiando, porque só assim que chegamos a verdadeira história. E nesse aspecto, você Fernando já nos ajudou bastante e esperamos que continue nos ajudando, obrigado.
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
Cataratas - A festa
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
Cataratas - Exposição e premiação
Uma festa muito bem organizada com diversos passeios já mostrados aqui e também aqui. A própria cidade é uma festa, linda, cheia de atrações e com um povo amável e hospitaleiro.