Homenagem - Dia da Mulher - Mary Anderson

No secular mundo do automóvel, a predominância masculina sempre se estabeleceu, talvez por ser considerado pelo homem como uma ferramenta. O homem, um caçador, com a obrigação de alimentar a família desde a pré-história, valoriza toda e qualquer ferramenta para execução de sua tarefa. E com o automóvel ele deu grandes saltos para sua evolução. Mas quem diria que uma mulher poderia facilitar o trabalho do homem, inventando um indispensável complemento para sua ferramenta?
A americana Mary Anderson, em 1903, no seu trajeto de bonde para Nova York em um dia chuvoso de inverno, percebeu que o motorneiro mal conseguia ver através do para-brisa, apesar de ter sido projetado em várias partes, para que o motorneiro pudesse abrir e limpá-lo da chuva ou neve que se acumulasse, um sistema nada eficiente, porque expunha o motorneiro e todos passageiros da frente ao mal tempo, dificultando a permanência dos olhos abertos. Ao ver o fato, Mary começou a esboçar seu equipamento ali mesmo no bonde. Depois de algumas tentativas, ela apareceu com um protótipo que funcionou. Era um conjunto de hastes feitos de madeira e uma borracha na extremidade, como um rodo. A engenhoca era fixada à uma alavanca perto do volante. Quando o motorneiro puxava a alavanca, arrastava o braço para o outro lado do para-brisa e por meio de uma mola, voltava a posição, limpando gotas de chuva, flocos de neve e outros detritos. Quando acabava o inverno, o sistema de limpadores de Mary podiam ser removidos e guardados até a próxima estação.
Mary só foi patentear sua invenção dois anos mais tarde. Tentou vender a patente para uma empresa canadense que recusou, alegando que não tinha nenhum valor prático e portanto, não valia o investimento. Por volta de 1913 todos os veículos de passeio fabricados contavam com limpadores de para-brisa, mas Mary Anderson nunca recebeu nada por sua invenção.
Além de nos dar a vida, as mulheres sempre foram muito inteligentes, levando seu olhar simples, mas engenhoso, para a necessidade da vida. Atualmente presente em diversas áreas de atuação, do cotidiano do lar a física nuclear, a mulher está participando da evolução da humanidade.
O exemplo de Mary Anderson foi citado por ser em uma área masculina e em uma época em que a mulher era relegada a segundo plano, mas elas inventaram de tudo ao longo da história, principalmente naquilo que lhes afeta o dia a dia, como o filtro de papel para coar café. Em 1908, a alemã Melitta Bentz criou o prático e limpo filtro de papel para facilitar sua vida na limpeza das sobras do pó de café. Cem anos depois, uma brasileira completou essa invenção, que estará em breve no mercado.
Parabéns a todas as mulheres do mundo, em especial a minha esposa e minha mãe.