quarta-feira, 29 de maio de 2013

Eventos - Lindóia 2013

Começa amanhã o maior evento de veículos antigos do Brasil, em Águas de Lindóia-SP.

Puma de corrida n° 20 e n° 68

O Pumeiro Fabio Alves de Cascavel-PR encontrou as fotos de Puma de corrida, que participaram nas provas Cascavel de Ouro, sua cidade em 1970. O Puma #20 é de Pedro Muffato, que se tornou conhecido em todo Brasil e hoje corre na Fórmula Truck.
O Puma #68, o Fabio não conhece o piloto Sérgio Wilhers, a foto tem origem no blog Poeira na veia.

Auxílio Mecânico - Touring Club do Brasil

O Touring Club do Brasil era um clube de automóveis, que fornecia reboque, assistência técnica, despachante, etc., tudo aquilo que as companhias de seguro fornecem hoje. Para isso, pagava-se uma anuidade individual por veículo e como há muito tempo temos os mesmos serviços fornecidos pelas seguradoras ou operadoras de estradas, os clube foram deixando de existir. Em São Paulo ainda sobrevivia o Automóvel Clube do Estado de São Paulo, com caminhões antigos, sobrevivendo por muita força e raça, mas não resistiu a modernidade. Somado a isso tudo, a telefonia móvel e com Internet ajudou muito o motorista no socorro imediato.
Lá nos idos dos anos 70, o Touring lançou seu plano de expansão para aumentar seu quadro de associados. Estava se tornando um dos melhores clubes de serviços ao automóvel, superando os antigos clubes. Os caminhões eram modernos, a variedade de serviços aumentando ano após ano e com o plano de expansão, o Touring tinha ambição ser o maior clube de assistência do Brasil.  

 Na imagem abaixo, reproduzida do folheto, publiquei no Foto de época com a devida fonte, ressaltando o Puma GT DKW. O que não sabíamos que a foto vinha de um folheto de propaganda.
Folheto Touring cedido pelo meu amigo Sergio Campos.




Chaveiro Puma - Grand Prix Automóveis

A loja Grand Prix Automóveis era uma loja independente, não uma revenda Puma, mas adotou em seu chaveiro o logotipo da cara da fera Puma. O revendedor Puma no Rio de Janeiro-RJ era a Lemos & Brentar, forte no mercado e tinha exclusividade na venda de Puma para o Rio de Janeiro. Mas existiam muitas lojas em todo Brasil que compravam Puma para revender, pois existia uma fila de espera de muito tempo e com isso, as vendas por independentes atingiam valores superiores ao de tabela, afinal eram teoricamente de segunda mão (usados). Alguns vendedores se tornaram tradicionais no comércio de fora-de-séries e veículos especiais.

As imagens foram cedidas por Fabiano Rosa Campos da FBM Motos.

Dia após Dia - GTE 1980

Abandonado na rua, sim, porque quem deixa um carro nesse estado na rua é abandonar. Imagino se o sonhador proprietário pensa em restaurar o Puma terá muita mão obra pela frente.
 Mesmo que tenha as peças guardadas, os serviços de recuperação gasta-se muitas horas, sem contar o material necessário.
 É o tipo de carro que só vale a pena para um profissional fazer nas horas sem trabalho, porque na hora de vender, ele vai resgatar o pagamento de suas horas trabalhadas, apenas isso.
 Mesmo assim, os profissionais estão fugindo de "encrencas", por causa do alto custo do material de trabalho, das peças para restauração e do baixo valor de revenda atual (2013), onde os antigos passam por uma crise geral, muita oferta e pouca demanda.
Nada nesse Puma está pelo menos em estado razoável...
 ... Em nenhum lugar.
 Ainda mantém a placa de identificação do produto, por este número que descobri o ano de fabricação. Na ausência de peças e equipamentos, qualquer detalhe faz a diferença no reconhecimento.
 O motor também não está lá, quem sabe como estará.
Concluindo, este é o tipo de carro para restauração que um principiante não deve comprar, por ter que fazer tudo, inclusive os para-fusos, que se não tiver os velhos de amostra para comprar, será mais um grande trabalho consegui-los para quem não conhece.

Anuncio (137) Miami Center Car

Interessante o anuncio da rede de lojas Miami Center Car de São Paulo, intitulado "Os melhores pelo melhor preço" e nas imagens um VW Voyage L e um Puma GTC, como? Os melhores Voyage e Puma? Reflexo de uma época, nos anos 80, não tínhamos tantas opções. Outro detalhe na fotografia do Puma é a quantidade de Puma estacionados, todos emplacados, cinco GTS e três GTC, mostrando assim que a foto foi tirada no segundo semestre de 1980, onde conviviam os dois modelos. Chama a atenção também o fato de serem conversíveis, o mais querido a partir de 1978, quando superou as vendas do GTE. Acredito que o Puma conversível seja o único modelo de automóvel que vendeu mais na versão conversível que na coupê.

terça-feira, 28 de maio de 2013

Feras e Gatas

A Fera é do meu amigo Alberto Andraus de Ituiutaba-MG, um GTS 1980 muito bem restaurado. A Gata é Daiane Ribeiro, muito...
Deixo para vocês completarem, mas com respeito, só não gosto de comentários tipo baixaria.

Reportagens - Oficina Mecânica 1991 - Puma de volta


Essa não entendi o por quê de "o Puma está de volta (de novo) ao mercado", citação da matéria.
Depois de 1987, já com a Alfa Metais, a Puma só parou quando encerrou a fabricação de automóveis, em 1994 e as atividades em 1997, pois ainda produzia caminhões.
Talvez esse AM4 seja o mesmo da matéria AM4 Conversivel - Todos os detalhes Parte 1, apesar das tomadas de ar pintadas em preto.
Imagens cedidas pelo meu amigo Leandro Guilherme Pascholatti.

AM4 Conversível - Todos os detalhes Parte 2

Na segunda parte do AM4 Conversível do Sr. Flávio de Brasília-DF, com fotos de Leonardo Flach. 
Começamos pela sua bonita cor dando-lhe graça e sofisticação. A cor chama-se Dourado Laredo Metálico, linha Ford 1991.
 O detalhe do spolier dianteiro, característico dos modelos P-018, com suas lanternas dianteiras do extinto VW Brasília nos para-choques de borracha.
 Nos faróis, os blocos óticos de lente plana, oriundos do VW Fusca.
 Internamente o luxo, para época, justificava o alto preço do modelo.
 O detalhe das caixas de som não originais.
O volante Panther com o logotipo na haste central, não era um modelo exclusivo Puma. O AM4 continha todos os instrumentos necessários, ar condicionado, vidros elétricos, etc., tudo que hoje em dia é muito normal.
 O detalhe do botão dos espelhos (Gol GTI 1991-1994)...
 ... E do puxador de porta com o botão do vidro elétrico integrado.
 Os bancos eram os melhores existentes no Brasil, os famosos Recaro.
 Detalhe da ferragem da capota e as travas.
No acabamento das portas o capricho não era esquecido... 
 ...Assim como nos cintos de segurança de três pontos. Aliás foi a melhor fase da Alfa Metais em seus produtos, infelizmente quase no fim da produção.

 Os botões de acionamento dos faróis e lanternas.
 Nesse detalhe vemos que na parte superior do para-brisa, a Alfa Metais abandonou a forração de vinil utilizada pela Puma, sendo apenas pintado o quadro.
Os espelhos retrovisores externos eram os mesmo da linha Chevrolet Opala, com sistema elétrico.
 Exclusivamente no AM4 conversível, o espelho externo deixou de ser do Monza como no AM2, para ser adotado esse equipamento elétrico.
 O porta-malas igual da maioria dos Puma, só cabe o tanque de combustível e estepe. Daqueles com motorização a VW, o único com um bom porta-malas foi o P-018 e os primeiros AM1, pois o tanque ficava atrás do motorista e na frente do motor, sobrando um espaço bem razoável.
 Até que enfim chegou o motor que a moçada gosta. Motor de alto giro, leve para os padrões da época, potente e silencioso.

O enorme radiador com dois ventiladores, vindos dos Passat Iraque, àqueles exportados pela VW.
 E o fatídico aerofólio traseiro, tipo ame-o ou odeie. Vocês perceberam minha opinião, mesmo porque não serve para nada, pura cosmética, como muitos lançados em automóveis até hoje. Claro que esse equipamento funciona, desde que bem projetado, somado com outras modificações mecânicas e apenas para altas velocidades. No caso do Puma, na hora que esse aerofólio começar a fazer efeito no final de uma reta, o carro já entortou na curva.

 As grades ligando as duas lanternas de Monza Classic é uma solução esteticamente bem resolvida, mas tecnicamente nada funcionais. O ar quente no compartimento do motor deve ser expulso e as grades criam uma barreira, prejudicando a refrigeração, podendo ocasionar super aquecimento. Muitos falam que não tem problemas de refrigeração com elas instaladas, mas é só alguma coisinha não funcionar direito dentro de toda linha de refrigeração, para dar defeito. Se fossem grades vazadas, tipo tela, como certos bólidos italianos, não afetaria em nenhuma circunstância.
 E o escape de ponteira dupla, um modismo daquele tempo, vindo do Gol GTI/GTS, lembra meu amigo Leandro Pascholatti, salientando ser muito difícil de encontrar o modelo original VW para comprar atualmente, que é muito diferente em qualidade do modelo oferecido pelo mercado paralelo.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

AM4 Conversível - Todos os detalhes Parte 1

Esse Puma AM4 já figurou por aqui em Foto de época AM4. Logo depois o meu amigo Leonardo Flach de Brasília-DF, mandou várias fotos do carro, que depois do Rio Grande do Sul foi vendido para o Sr. Flávio de Brasília.
O AM4 conversível foi produzido em entre 1992 e 1993 e apenas 15 ou 16 unidades. Ele tinha motor VW AP 1800, refrigeração a água, chassis de Brasília com um sub-chassis acoplado e suspensão dianteira independente com barras de torção longitudinais e barra estabilizadora. Suspensão traseira independente com semi-eixo oscilante e barra de torção transversal. Dimensões 4100 mm comprimento, 1165 mm de largura e 1273 mm de altura (coupê era 1200 mm). Altura do solo 152 mm e distância entre eixos 2.150 mm. Peso do conversível 925 Kg (905 Kg coupê). Os modelos AM3 e AM4 eram mais compridos que os modelos AM1 e AM2, devido ao motor a água.

 Realmente o AM4 está muito original e bem conservado.
 O emblema seguia o modelo adotado no Puma P-018.

 Na traseira, se diferenciava do AM2, pelas lanternas do Monza Classic, se igualando ao P-018 conversível. No AM2 era lanternas de Brasília, na minha opinião mais harmoniosas com as linhas do conversível.
 As tomadas de ar na lateral, lançadas no AM3, receberam um aplique na cor do carro nos modelos AM4.
 Internamente continuava o mesmo padrão Alfa Metais, bancos Recaro, muito luxo, agora sendo oferecido com o interior bege como opção.

A capota de lona tinha forração e bem acabada.
 Na lateral o emblema 1.8 significando motor mais potente que todos os outros modelos da série.
 Na traseira, o acabamento em peça móvel, para mexer no facão.
 Esteticamente o AM4 conversível deixava a desejar de capota levantada, criando um volume muito alto para o desenho do carro.
 As rodas desenhadas e fabricadas pela Binno/Rodão tinham copinho exclusivo Puma.
E neste copinho acontece aquilo que mencionei nas rodas do GTE/GTS modelo Estrela, onde tinham a borda pintadas de preto, para evitar o reflexo e mudar a imagem do copinho.
 A Alfa Metais abandonou as maçanetas de Alfa Romeo TI4, já não fabricadas e adotou as maçanetas do Opala/Diplomata, anda em linha.
 Esse aplique da tomada de ar eu não gostei, preferia apenas a tomada de ar do AM3, sem moldura.
Acompanhe a segunda parte a seguir.