Por Leonardo Flach
Antes
de eu comprar meu Puma AM-4, estive verificando, como de costume com os pumas
que tive, alguma literatura para ver o que os especialistas da época falavam
dele.Foi assim com Puma GT 1500, 1969 na revista Fatos e Fotos de 1969 e agora
com AM-4, quando verifiquei uma reportagem na revista Oficina Mecânica quando
questionaram o sistema de arrefecimento do carro, na ocasião o AM-3.Segundo
relatos, o carro aquece demais considerando que o motor AP 600 se localiza atrás
do carro, e o radiador também.Originalmente o AM-3 saiu com (radiador do
Santana) apenas uma ventoinha de ventilação, a mesma utilizada pelos
GM/Diplomata, inclusive com a mesma base/suporte metálico. Já o AM-4 passou a
ter duas ventoinhas destas, o que melhorou significativamente o arrefecimento.
Consultei alguns proprietários também antes de adquirir o meu e todos me
falaram que o carro aquece, contudo todos fizeram algumas alterações das quais
fiz no meu também, que foi a troca do alternador de 46 amp para um de 90 amp e
a diminuição do limite da temperatura da "batatinha", de 90° para
82°. Ajudou, contudo a uma velocidade elevada tive problemas.A temperatura se
mantinha normal até os 100 km/h, mas passando disso, ela subia para quase 100°
no marcador, o que me obrigava a diminuir a velocidade.Isso me incomodou. Ao
conversar com um amigo meu de Brasília-DF, que montou um Fusca com motor AP,
ele me explicou do vácuo gerado em velocidade altas dentro do compartimento do
motor e da forma que ele utilizou para tentar amenizar esta situação: providenciou
defletores que direcionam o ar, captado em alta velocidade, para cima do
radiador.Verifiquei "in loco" e ficou muito bom. Naquele momento
imaginei que pudesse fazer isso no meu carro também. Ao fazer um estudo
minucioso na área onde seria o ideal para eu fixar um defletor no meu carro
constatei que havia furos de arrebites dos quais poderiam ser de um defletor já
existente.
Meses
depois, no encontro de Puma em Jundiaí, fotografei os carros dos meus amigos
Aimoré e Homero, ambos AM-4 e verifiquei que a peça realmente existiu, como
pode ser visto nas duas fotos abaixo.Com as fotos embaixo do braço, fui a uma empresa que dobra metais, fiz um modelo com papelão e fabricamos o defletor do meu carro.Fiz a peça maior, mais comprida no intuído de colher o ar antes do suporte do calço do motor. Deu certo. Resolvi o problema, não imaginei que a peça se comportaria com tamanha eficácia.
O marcador de temperatura do meu carro é bastante sensível, possibilitando verificar com exatidão o momento em que a temperatura começa a baixar. Agora, acima dos 100 km a temperatura se mantém normal, inclusive mantendo o funcionamento das ventoinhas mais aliviado com momentos mais longos de alternância entre acionamento e desligamento automático das mesmas.
Por vezes somos taxados de detalhistas ao máximo, contudo, peças deste tipo, que às vezes nem visualizamos fazem total diferença na
manutenção e eficácia da máquina. Abraços a todos.
Léo Gaúcho
7 comentários:
Na íntegra!!!rsrsrsrs, valeu!
Bela matéria Leozito, vc é o cara !!!
Nos motores a ar também há dois pequenos defletores que ficam entre os cilindros, que frequentemente são jogados fora ou esquecidos - mas que são fundamentais para a correta refrigeração dos motores a ar.
Abaixo o link para uma foto:
http://craigsteffen.net/blog/2009/02/old_blogger_photos/cr05.jpg
Benício, bem lembrado.Estas duas peças comprometem diretamente a refrigeração dos motores a ar.
Onde ficam essas do motor a ar para ver se o meu possui? Obrigado
Entre as duas camisas do motor.
nos gordines e berlinetas tinha algo parecido que o povo chamava de mata frango...
abs
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