MENOS UM - Puma Dino 246 GT

O meu amigo Avelino Pinto me mandou as imagens com os dizeres: 

"O surrealismo enfatiza o papel do inconsciente na atividade criativa. 

Olhando o Puma, fico em dúvida."

Ao primeiro momento fiquei sem palavras, mas aos poucos, olhando a obra executada neste Puma de Duque de Caxias-RJ, podemos perceber certo talento em seu executor. Guardada as devidas proporções, os detalhes do Ferrari Dino 246 foram bem aplicados na carroceria do Puma. Olhando de relance lembramos perfeitamente do carro italiano. As lanternas não são aquelas de Corcel, mas sim fabricadas especialmente a partir das lentes da lanterna dianteira da Veraneio, as mesmas do Puma GT. 

 Na lateral foi tentado o milagre somente com adoção da tomada de ar do Dino, mas o restante condena, mostrando claramente se tratar de um Puma GTE 1976 ou 1977, que é 19 cm mais curto entre eixos que a Dino.

 Fico imaginando o trabalho que deu para montar essa tomada de ar, por causa das peças internas da porta do Puma.

 Internamente não foi adotado o mesmo critério do exterior e pelo que se vê na imagem, apenas houve a modificação do original Puma.

Vejam como é internamente o Dino 246 GT.

 O que mais impressiona foi a parte traseira com os para-lamas, lembrando bastante a Dino e o vidro traseiro em curva. Também não foi esquecido os dois capôs traseiros.

 Na Dino o porta-malas fica no capô da extremidade e o motor no capô do meio do carro. Neste deve ser ao contrário.

Apesar da criatividade e do talento do executor em reproduzir outro desenho de automóvel em um já existente, com mais acertos do que erros, o acabamento e ajustes das peças não tem boa qualidade, talvez por falta de dinheiro e técnica de trabalho. Aliás, modificar carro é a coisa mais fácil que existe, o duro é fazer as modificações darem certo e funcionarem, para isto, as grandes montadoras gastão milhões em qualquer modificação nos seus projetos.