Já tinha ouvido falar da bela coleção existente em Gravatá-PE, uma ótima localização para veículos antigos pelo clima seco. O meu amigo Antonio Dourado Filho, pumeiro pernambucano, foi lá conferir e fotografar a coleção de esportivos, como ele nos diz: "Há inúmeras coleções (garagens) particulares e um museu aberto ao público mediante pagamento de ingresso. Dentre as particulares se destaca a Old Cars Clube que possui todos (todos mesmo) carros esportivos nacionais. De TL Sport a Brasinca GT 4200, passando por GTX, JK Timb, Interlagos, Karmann Ghia e Puma, claro, que são ótimos. Há também alguns importados, mas não é o foco da coleção."
GT Malzoni branco ao lado do Puma GT (DKW) prata.
Um belo Puma GTE 1971.
O raro Interlagos II, projeto da Willys de 1966, conhecido por Capetinha, pois se tivesse sido lançado usaria o nome Capeta do projeto de 1964 que se encontra no Museu do Automóvel de Brasília. O Capetinha foi baseado no Willys Interlagos, com algumas modificações na carroceria, chassi novo e interior totalmente remodelado em comparação ao Interlagos. Com a compra da Willys pela Ford, o Interlagos foi descontinuado e o projeto deste único veículo construído foi engavetado.Na verdade este seria a evolução do Interlagos.
Todos os modelos de Willys Interlagos, Conversível, Berlineta e Coupê.
Outra raridade, o Uirapuru 4200 GT...
...Com motor Chevrolet 6 cilindros da Veraneio. O motor do Opala ainda não existia.
Os vários modelos de Karmann Ghia.
Mais uma raridade, com produção de 17 ou 19 veículos (não lembro agora): o Hofstetter, esportivo baseado no protótipo de Giugiaro. Este tinha motor de Passat entre eixos traseiro, chassi próprio e um desenho surpreendente, até hoje.
Todos os esportivos nacionais.
O Chrysler GTX foi um ícone em 1969, sendo considerado o melhor carro do Brasil naquele ano. Era a versão esportiva do Chrysler Esplanada.
A bonitinha Romi-Iseta...
...Que ao lado do grandalhão Dodge Charger acaba parecendo um brinquedo.
O espaço é muito bonito.
E o estacionamento dos sócios, com carros antigos. O Puma AM1 ao fundo é o xodó do Antonio.
E alguns importados, como esse Cadilac 1959.
Corvette 1959.
Impala 1959.
Ao lado do Impala, Mustang fast-back 1967 ou 1968 e um Simca Tufão, pela cor deve ser 1966.
11 comentários:
QUE COLEÇÃO FANTASTICA !!!! QUE MARAVILHA !!!! VIDA LONGA AOS COLECIONADORES QUE MANTEM A HISTORIA VIVA , ABRAÇOS , HELDER RAMOS.
Lindos carros, parabens pela coleção!
Fantastica a coleção ..
Sensacional... sem palavras...
Bela coleção, mas essa história do tal Capetinha não me convence. Como uma Departamento de Estilo que fez o Mark I (amais bela das Berlinetas) e o Bino Mark II, com o Tony Bianco, iria produzir essa colcha de retalhos horrorosa?
Cesar,
Para você ver como são as coisas. O Bino ou Mark I eram protótipos de corridas, com uma longa distância entre um belo carro de corrida e um esportivo de série. Estes precisariam de muito de desenvolvimento para chegar a linha de produção. Se para entrar no carro de corrida precisa ser contorcionista, não tem problema, afinal o piloto entra ou sai poucas vezes. Se entra água em abundância, sem crise, quem está na chuva ou na corrida é para se molhar. Valetas em provas de velocidade não existem. E assim por diante. Veja o Bianco S, um esportivo baseado no protótipo de corrida Fúria, não era um veículo para qualquer pessoa que gostasse de esportivos ou para várias utilizações, dia a dia, viagens longas, etc. Aproveitar um veículo em produção, dando um facelift para alavancar as vendas em baixa é uma solução adotada até hoje pelas grandes montadoras. E como tem que aproveitar a peça maior existente (chassi, carroceria), nem sempre adoção de nossas lanternas e faróis dão o resultado tão desejado. Mas é assim que modernizam o produto sem desembolsar milhões de dinheiro. A Willys naquele ano de 1966, estava mais preocupada em investir no projeto Renault, do qual acabou nascendo o Ford Corcel. Para citar outro exemplo, o GT Malzoni projetado para corridas, como teve muito entre o público de esportivos, precisou mudar para ser bem mais agradável no uso nas ruas e assim nasceu o Puma GT (DKW), que pelo menos tinha porta-malas, coisa desnecessária no GT Malzoni.
Eu sei, Felipe. Mas o Mark I, por exemplo, eram os Alpines A110, que a Willys havia importado para corrida. Basicamente eram Berlinetas com o teto um pouco mais alto (exatamente para facilitar a entrada e a saída) e, claro, mecânicas mais elaboradas. O que digo é que na época este carro nunca foi fotografado, nem houve qualquer notícia ou boato sobre sua construção. De repente, do nada, começaram a surgir fotos dele "restaurado".
Fotos de época:
http://antigosverdeamarelo.blogspot.com.br/2010/09/prototipo-interlagos-ii-okm.html
Pela altura do teto, destas fotos que não conhecia, arrisco dizer que este foi um dos Alpines A110 importados pela Willys na época. Parece que foram cinco: dois viraram os Mark I, um ficou com o presidente da Willys e este pode ser um dos outros dois. Só que pela feiura continuo achando muito pouco provável, que fosse fabricado. Acho que não passou de um estudo, como fizeram com o Aero e o Itamaraty em 68..
Olhando uma coleção como essa, chego a conclusão de que eu queria ser pobre por um dia, pois ser pobre todo dia é osso.
Este Protótipo da Willis, o Capeta estava no museu Robert Lee em Caçapava. Pelo menos até 1982 ainda estava lá em Caçapava...
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